Uma
maioria maciça de 55% dos eleitores considera a gestão Haddad ruim
ou péssima, registra pesquisa do Ibope divulgada hoje. Para 33% ela
é regular e para meros 12%, ótima ou boa.
Haddad
é, ainda, o candidato com a maior rejeição, com 46%, um índice
que supera em quatro pontos o limite-padrão de viabilidade eleitoral
estabelecido pelos especialistas para eleições em dois turnos.
Cabe
assinalar, ainda, ser provável que essa pesquisa - feita entre os
dias 16 e 19 - tenha captado só parcialmente o desgaste do prefeito
em decorrência de sua política desumana para com os moradores de
rua, amplamente perceptível nos fóruns públicos e redes sociais
(que o apelidaram, significadamente, de Maldadd).
Pode-se
argumentar que, na eleição anterior, em 2012, Haddad também largou
mal, foi subindo, subindo e saiu vitorioso no segundo turno, enquanto
Serra e Russomano [que tinha, na primeira pesquisa eleitoral, os
mesmíssimos 26% ora captados pelo Ibope] decaíram. Só que ele era
então uma novidade, quase um outsider, o jovem e promissor acadêmico
com uma passagem tida (então) como brilhante à frente do Ministério
da Educação.
Agora,
a situação inverte-se: ele é situação e terá de enfrentar não
só o ônus e o desgaste de quatro anos à frente da Prefeitura, mas
a concorrência de candidatas que, como ele, têm origem no petismo,
vivência na esquerda e experiência administrativa, como Marta
Suplicy (PMDB) e Luiza Erundina (PSOL) - as quais, com,
respectivamente, 10% e 8%, aparecem à sua frente na pesquisa Ibope.
Além
disso, os reflexos da derrocada moral e política do PT no âmbito
nacional devem cobrar um alto preço. Como explicar, de forma
eticamente coerente, que Gabriel Chalita, que até ontem era pupilo
dileto de Temer - a quem os petistas acusam de golpista - tenha sido
o escolhido para ser vice na chapa de Haddad?
Tudo
somado, mesmo com toda a máquina estatal e a expertise marqueteira,
tudo indica que será uma tarefa árdua para o PT reeleger-se para a
prefeitura de SP - a mais simbólica e maior esperança do partido de
administrar um orçamento público de grande porte a partir das
eleições deste ano.
(Foto
retirada daqui)
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