Professor,
no Brasil, só é reconhecido no 15 de outubro, assim como Educação
só é prioridade em campanhas eleitorais e no delirante e mentiroso
slogan "Pátria Educadora".
A
universidade pública brasileira está sendo sucateada novamente,
duas décadas após a tentativa de desmante empreendida por Fernando
Henrique Cardoso, e agora a um ritmo ainda mais rápido do que antes.
As condições de trabalho se deterioram cada vez mais, seja pela
burocracia imbecilizante, por falta de segurança, defasagem
tecnológica e precariedade de bibliotecas e material de apoio.
Os
salários dos professores, que há 30 anos se equiparavam ao de
juízes ou promotores, foram corroídos a um nível tal que ora são um terço do daqueles profissionais, embora as exigências para ser
professor tenham crescido enormemente, e impliquem, hoje, em seis a
oito anos a mais de estudo
para obtenção de mestrado e doutorado.
Para
completar, os concursos para ingresso na universidade pública são,
no mais das vezes, cartas marcadas, com conluios entre professores
reproduzindo a corrupção endêmica do país e manchando um processo
que deveria primar por isenção e merecimento. Há departamentos em
que mais de 90% dos professores são egressos da própria
instituição.
Por
fim, o corte brutal dos recursos para Educação, realizado pelo
mesmo governo que se autoproclama “Pátria Educadora", lança os
campi a uma situação de penúria – na UFRGS não há nem papel
higiênico; várias federais não têm verba sequer para a conta de
energia elétrica. Além disso, ao podar 75% das bolsas de
pós-graduação, o atual governo coloca o futuro da pesquisa
acadêmica sob séria e real ameaça. Concomitantemente, com o país em plena crise orçamentária, os bancos - Itaú à frente - batem recordes sucessivos de lucros, o que deixa claro quais são as verdadeiras prioridades da administração Dilma Rousseff.
Enquanto
isso, no estado mais rico da Nação, o governador, sob o pretexto da
economia imposta ela crise, decide, de forma arbitrária e sem
nenhuma discussão com a sociedade, fechar escolas, medida que é uma
metáfora perfeita para o real valor que se atribui à Educação no
país.
Não
há o que comemorar.
(Imagem retirada daqui)
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